Quando suspeitar de perda auditiva no bebê
- Dra. Vanessa Ribeiro Orlando

- 7 de ago.
- 2 min de leitura
A audição é fundamental para o desenvolvimento da linguagem, comunicação e aprendizado de uma criança. Por isso, identificar precocemente qualquer sinal de perda auditiva em um bebê é essencial para garantir intervenções adequadas e melhorar sua qualidade de vida.
Mas como saber se um bebê está ouvindo bem, especialmente nos primeiros meses de vida, quando ainda não fala?
A importância da triagem auditiva neonatal
Logo após o nascimento, é recomendado que todos os bebês passem pelo Teste da Orelhinha, uma triagem auditiva simples, rápida e indolor. Esse exame pode identificar precocemente alterações na audição. No entanto, mesmo com um resultado normal, é importante que os pais fiquem atentos ao desenvolvimento auditivo e de linguagem nos primeiros anos de vida.
Sinais de alerta por faixa etária
De 0 a 3 meses:
Não se assusta com sons altos e repentinos.
Não se acalma com a voz dos pais.
Não reage a barulhos do ambiente (como um cachorro latindo ou uma porta batendo).
De 4 a 6 meses:
Não vira a cabeça na direção de sons.
Não reage ao ouvir a voz dos pais ou brinquedos sonoros.
Não balbucia (sons como “ah”, “uh”, “gu”).
De 7 a 12 meses:
Não entende palavras simples como “não” ou “tchau”.
Não tenta imitar sons ou formar palavras.
Parece não ouvir quando é chamado.
Após 1 ano:
Não fala palavras simples como “mamãe” ou “papai”.
Apresenta atraso no desenvolvimento da fala.
Precisa de volumes muito altos para prestar atenção (TV, brinquedos).
Alguns bebês têm maior risco de apresentar perda auditiva e devem ser acompanhados com mais atenção. Entre os principais fatores estão:
Histórico familiar de surdez;
Prematuridade;
Infecções durante a gestação (rubéola, citomegalovírus, toxoplasmose);
Uso de medicamentos ototóxicos;
Internações em UTI neonatal por mais de 5 dias.
Detectar a perda auditiva ainda nos primeiros meses de vida pode fazer toda a diferença no desenvolvimento da criança. Com o acompanhamento adequado e, se necessário, o uso de aparelhos auditivos ou implantes cocleares, o bebê pode crescer com uma comunicação eficaz e saudável.
Fique atento, observe o comportamento do seu bebê e não hesite em procurar ajuda se notar algo diferente. A escuta começa com o cuidado!
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